somos o que somos e pronto?
avessos, travessos
hum eu vi você piscando pra mim
meio de canto
aquele sorriso...
desconfiado
gentil
infantil
sou tão menina
ferida
despi minha alma
pra encarar a mulher que sou
o mar tem ondas que não cessam de formar
o mar, amar...
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Infinito e além...
Infinito e além
ah! como eu gosto disso
ando por aí
esbarrando, cheirando destinos
que se cruzam ao meu
são sincronicamente
perfeitos na sua imperfeição
própria da nossa condição
humana
terrena
poeira no universo
sorrisos e lágrimas
pulsos e impulsos
coração, mente e músculo
somos Seres
ainda do dia-a-dia
errantes estrelas perdidas!
ah! como eu gosto disso
ando por aí
esbarrando, cheirando destinos
que se cruzam ao meu
são sincronicamente
perfeitos na sua imperfeição
própria da nossa condição
humana
terrena
poeira no universo
sorrisos e lágrimas
pulsos e impulsos
coração, mente e músculo
somos Seres
ainda do dia-a-dia
errantes estrelas perdidas!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Deixa-se ir
domingo, 25 de dezembro de 2011
Crua
sábado, 24 de dezembro de 2011
Cacos
A noite foi embora
levou as ilusões
o dia veio
realidade
jovens
ingênuos
uns tão certos
argumentativos
oh verdade!
casa-se comigo
faça-me seu marido
serei seu senhor da justiça
aquele que aniquila
não contrarie
o animal humano
ama!
sob teus olhos
vejo insegurança
sob os meus também
quebrei os copos
cacos pelo chão
ando descalça.
Telepata
Dizia ao meu ouvido:
Quero ir para longe do planeta Terra
tô ficando cansada dessa gente
às vezes tem alguém que me desperta interesse
mas quando danço
há eu vou além
e no além
você não quer ir comigo
eu quero um sorriso
um ombro amigo
calor
carinho
disse que confiava
agora são dúvidas
o outro faz parte de mim
são tantos
por todos os lados
não me vejo
não sei mais nada
telepata...
Quero ir para longe do planeta Terra
tô ficando cansada dessa gente
às vezes tem alguém que me desperta interesse
mas quando danço
há eu vou além
e no além
você não quer ir comigo
eu quero um sorriso
um ombro amigo
calor
carinho
disse que confiava
agora são dúvidas
o outro faz parte de mim
são tantos
por todos os lados
não me vejo
não sei mais nada
telepata...
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Soul nua
Hoje eu sonhei
com o passado
todos estavam lá
ou quase
acordo com o sol na cara
molhada
tento entender
não consigo
aceito
soul nua.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Num outro tempo e espaço não tão longe daqui, há crianças que se alimentam de luz, e não são as do Chico Buarque, nessa dimensão o sol é alimento, a ciência e a arte servem e satisfazem a todos os viventes, uns dançam, outros cantam, tantos outros criam novas tecnologias, novos artesanatos, novos teatros, essas crianças sempre estão a criar, e antes que eu esqueça, elas não produzem lixo, vivem com a natureza, outra que integra e não mais separa.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Esquálido
Há uma linha invisível
de luz e trevas
há também esperança de amor
limites não calam a liberdade
o coração em chamas
chagas
falsos profetas da paz
vestidos de sol
artificial
esconde teu rosto pálido
esquálido
os olhos que mentem
já não atraem sorrisos
o demônio parece bonito.
Envolvente
A arte de envolver-se não se envolvendo
tão distante da realidade de cada dia
utopia
liberdade vazia
soul pássaro
soul fantasia
soul carne viva
correndo pros teus braços
caídos no destino
dos becos escondidos
amarga a saliva.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
Eu só
A distância da saudade
milimetricamente
me convenceu que sou só
eu
A saudade e a distância
dos anos que não voltam mais
ferida de criança
sangra só
Distância e saudade
meu pai, minha mãe
outro lugar ao sol
eu cresci e escolhi
só
Saudade e distância
madrugada de sonhos
integro o inteiro
que me alcança
e lança
eu só
Sol!
As ondas molhavam
a saia da menina
ela passava
indiferente
presente
fitava o horizonte sob o mar azul
tinha sonhos
coloridos
a tristeza aos poucos se afastava
as espumas na areia
flor salgada
os pés da donzela descalça
dias de sol
brotam sorrisos
nas faces sombrias
volta a alegria
o Ser voltou a ser
o brilho no olhar reflete a luz que brilha
é o sol!
sábado, 10 de dezembro de 2011
Lótus
O gosto doce do seu veneno
não me engana mais
mel que esconde fel
rima cruel
Passo madrugadas em claro
procurando entender
por que sinto você
não sei dizer
Sei que o que aconteceu ontem
feriu teu orgulho
o ego ainda vive
não o esconda
aceite
A pureza que eu sonho
não faz par com tua hipocrisia
santos e demônios
dançam a mesma sinfonia
chora a viola agora solitária
Dança sozinha abandonada
do nada
também deliro
atiço teu grito
Amor qual a tua face
tem sabor teu sorriso
releva a estupidez humana
tão pequena
com mania de grandeza
O verme habita
a barata vive
A lótus nasce na lama
não me engana mais
mel que esconde fel
rima cruel
Passo madrugadas em claro
procurando entender
por que sinto você
não sei dizer
Sei que o que aconteceu ontem
feriu teu orgulho
o ego ainda vive
não o esconda
aceite
A pureza que eu sonho
não faz par com tua hipocrisia
santos e demônios
dançam a mesma sinfonia
chora a viola agora solitária
Dança sozinha abandonada
do nada
também deliro
atiço teu grito
Amor qual a tua face
tem sabor teu sorriso
releva a estupidez humana
tão pequena
com mania de grandeza
O verme habita
a barata vive
A lótus nasce na lama
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Luar
Lava
Olho pela janela a chuva que cai lá fora
as dores que cortavam
aceitam o desafio
sou poetiza
de rosas e espinhos
caminho com loucos em meu destino
sou também fora dos trilhos
questiono o teu interesse
desinteressado...
sou também pecado
longe dos altares
do casto
leve...
aquele gosto do suor salgado
seu peso
meu retrato
invento fantasias
preenchendo dias
a chuva engrossa
lava a sujeira
de ontem.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Ao sangue
Não sei nada além de mim e o que há em mim está no todo
frágil por teu sangue derramado, esfregado nas telas de plástico
dos bichos, dos homens
sensível demais? cor de rosa da ilusão!
luz transfigurada de escuridão.
frágil por teu sangue derramado, esfregado nas telas de plástico
dos bichos, dos homens
sensível demais? cor de rosa da ilusão!
luz transfigurada de escuridão.
domingo, 4 de dezembro de 2011
A falta
Dizia adeus querendo ficar
dias que passam
pasmo
a luz penetra
tão certa
teu olho
meu fogo
fugia dopada
esmagava a alma.
dias que passam
pasmo
a luz penetra
tão certa
teu olho
meu fogo
fugia dopada
esmagava a alma.
sábado, 3 de dezembro de 2011
Gaivota
Voava a gaivota
solitária...
A gota do oceano
percorreu meu espírito
queria fugir
mas sempre sem onde ir
fugir de mim...
solitária...
A gota do oceano
percorreu meu espírito
queria fugir
mas sempre sem onde ir
fugir de mim...
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Do Tempo
Sinto a sua mão pesada!
minhas costas curvadas
doem e querem se erguer
Saturno senhor do Tempo
devolva o meu que roubou!
não me faça tão submissa
minha liberdade sente-se ferida!
Tenho asas que não se adaptam
aos ponteiros das catedrais...
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
O lixo, o bicho, o Homem
Hoje eu quero falar do lixo
quero descer ao abismo
não que o luxo não me atice
e o céu não alcance
só que cansei do teu cheiro suave
quero o suor selvagem
o lixo é produto do homem
sua essência imunda
aterrada ao longe
onde olhos se escondem
não quero saber do insípido
aquele gosto sem gosto
o fétido dos restos mortos dos outros
ratos, baratas, larvas
levam seu asco ao vômito
devolve pra terra o barro
amargo em sopro profano
teu uivo deserto no lodo
ecoa no fosso da alma
sem lágrima alguma para ser derramada
gargalha solta no tempo
sem regras, pontos, encontros
recicla agora o lixo
não mata mais o bicho.
Ainda esquece do Homem?!
![]() |
Lixo Extraordinário |
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Dias de trás pra frente
Dias de trás pra frente
corrente sanguínia
a saliva escorre para dentro da garganta
a boca agora é seca, taquicardia
- levanta cedo moça faceira!
acredita na levesa da vida, vai conforme o tempo
sem pregas no pensamento...
ah! se lembra daquela madrugada? aquela de todas as noites
a mesma da semana passa.
corrente sanguínia
a saliva escorre para dentro da garganta
a boca agora é seca, taquicardia
- levanta cedo moça faceira!
acredita na levesa da vida, vai conforme o tempo
sem pregas no pensamento...
ah! se lembra daquela madrugada? aquela de todas as noites
a mesma da semana passa.
![]() |
Pierre-Auguste Renoir - Menina colhendo flores |
sábado, 19 de novembro de 2011
Parece coisa normal
Aqueles velhos retratos - mofados
não faz mais sentido
serem guardados
violência gratuita - distribuída
entre jornais, nets, chats
chato seu outro lado
não que seja bom
nem ao menos mal
a razão está a beira do caos.
não faz mais sentido
serem guardados
violência gratuita - distribuída
entre jornais, nets, chats
chato seu outro lado
não que seja bom
nem ao menos mal
a razão está a beira do caos.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
Choram as mães
Deixava a velha casa empoeirada
as teias das aranhas agora solitárias
abafa o mofo ao calor do sol
risos, palhaços...
Meia volta ao olhar para trás
solto a sua mão para poder voar
invento um coração para amar
tão longe foi no rastro do poeta.
O menino e a bola
viola que chora noite de estrela
andei sem bússola
ardida é a pimenta que em mim habita!
Choram as mães, todas
vozes apagadas pelo seu medo
ecoam no vazio íntimo
as borboletas gostam de dançar.
as teias das aranhas agora solitárias
abafa o mofo ao calor do sol
risos, palhaços...
Meia volta ao olhar para trás
solto a sua mão para poder voar
invento um coração para amar
tão longe foi no rastro do poeta.
O menino e a bola
viola que chora noite de estrela
andei sem bússola
ardida é a pimenta que em mim habita!
Choram as mães, todas
vozes apagadas pelo seu medo
ecoam no vazio íntimo
as borboletas gostam de dançar.
Ao que não conheço
Passava por ruas que meus olhos desconheciam, vi flores no asfalto de singular beleza, que até me assustei! Antes minhas retinas só refletiam pedras brutas, concretos que aprisionavam a levesa do dia. Porém o perfume fluiu e percebi a flor. Quebra de paradigma... caminhei por horas re-conhecendo as impressões que surgiam dos lugares que havia esquecido. Flores surgiam até dos latões de lixo! Ah! aquela centenária praça, segredo dos amantes que brindavam com algodão doce a simplicidade de apenas estar, outros que escondiam-se com a bênção da lua dos olhos que estão a vigiar, complexos por natureza, depois da lua, escapes, a fuga para fora do eixo. Deixo a praça, vou aos becos, vertigem logo me alcança, e lança longe... não há como fugir, a noite impregna os espíritos inquietos. A vala aberta que outrora corria esgoto fétido, canteiro de ratos, berço de larvas que namoravam baratas, escorre agora uma água clara, cemitério de margaridas. Há morte aonde existe vida. Não vi ratos entre as pétalas amarelas. O caos parecia outra vez ordenado, lembro da última vez que tive que organizá-lo, trabalho árduo, tal qual tirar os espinhos das rosas, para logo mais nascerem outras vez, só que mais fortes. É assim que o beco sempre funcionou, depois de cruzar a esquina, é uma constante entre o ir e vir, mas cada ida e vinda é uma nova experiência, o caos não se repete ele apenas renova-se. O beco que eu conhecia era sem saída, aquele que namoravam as larvas e as baratas, esse que era o mesmo, estava aberto, a água que preenchia o canal o fez um rasgo, abrindo-lhe uma ferida, linda cicatriz encontrei ao ter que encará-lo. Há na profundidade da dor algo de belo que me fascina. Se não cobrir a ferida pode-se acessar o manacial da cura. O oxigênio não deixa putrefar, é isso respirar. A vista que se alcança através da cicatriz não é descritível por meras palavras, mas posso tentar algumas analogias, tentar é sempre válido. O horizonte que se abria é como um oceano pairando no fundo de um abismo. Platô recoberto de rosas, verdes, laranjas e o cinza. Vulcão escarlate flamejante ao centro. Pásssaros muitos por todos os lados. No caminho não se esqueçam das cobras. Volto agora para o conforto do meu sossego, tentar domar meu desassossego. No caminho de casa encotro velhos conhecidos, aqueles da infância, todos estavam nos meus trilhos, cumprimento cada um, alguns com um simples balançar de queixo, outros com beijos e abraços apertados e tantos outros com um olhar de canto. Deixo-os para trás e vou de encontro aos meus. Encontros são infinitos, festejamos até os primeiros sinais da aurora. A vida continua e cada um segue a sua. Novos olhares nascem e assim a alquimia é feita, metal ordinário transformando-se em ouro.
Sonhos contemporâneros
Nada sei além do que meu coração pulsa
frágil fêmea com medo de amar
olhar de macho que atiça o cio
fugir pra evitar o sofrer
fragmentos de Ser...
Corro em círculos
apanho ao longe teu sorriso
não me importa compromissos
mais vale a verdade que sai dos teus lábios
sou mente, coração,
vazios em meio ao mundo cão.
Hoje choro por momentos que não posso ter
os que tive fizeram querer você
algum deus brinca comigo
ao me dar pedaços do céu
e me atirar ao chão
a loucura no caos parece coisa normal.
Vou assim, passo a passo
deitar meu seio onde não te vejo.
frágil fêmea com medo de amar
olhar de macho que atiça o cio
fugir pra evitar o sofrer
fragmentos de Ser...
Corro em círculos
apanho ao longe teu sorriso
não me importa compromissos
mais vale a verdade que sai dos teus lábios
sou mente, coração,
vazios em meio ao mundo cão.
Hoje choro por momentos que não posso ter
os que tive fizeram querer você
algum deus brinca comigo
ao me dar pedaços do céu
e me atirar ao chão
a loucura no caos parece coisa normal.
Vou assim, passo a passo
deitar meu seio onde não te vejo.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Cadê o poeta?
Hoje caiu rimas
no meio da avenida
tropeços em versos
soltos, abertos
estrofes cadentes
sons desconectos
passavam passantes
pessoas e sexo
palavras pomposas
cheirando a rosas
alguém perguntou:
-cadê o poeta?
no meio da avenida
tropeços em versos
soltos, abertos
estrofes cadentes
sons desconectos
passavam passantes
pessoas e sexo
palavras pomposas
cheirando a rosas
alguém perguntou:
-cadê o poeta?
Vai!
Vai ao longe ver
o que não se alcança
cigana lê minhas linhas
emaranhadas nos teus nós
ventos vem varrer
a casa que mora só.
Vai ao longe ouvir
sons que já não ecoam
deusa vem há mim
cantar para minha dança
salto o rio sem fim
flor da esperança.
Vai ao longe sentir
os dedos que abandonou
demônios vão dormir
tato com ato, amor
desço o abismo
arranco a dor.
Vai ao longe ser
o eu que atrofiou
anjos vem trazer
fragmentos que abandonou
deixo o tempo nascer
rabisco o céu
transbordo cor.
o que não se alcança
cigana lê minhas linhas
emaranhadas nos teus nós
ventos vem varrer
a casa que mora só.
Vai ao longe ouvir
sons que já não ecoam
deusa vem há mim
cantar para minha dança
salto o rio sem fim
flor da esperança.
Vai ao longe sentir
os dedos que abandonou
demônios vão dormir
tato com ato, amor
desço o abismo
arranco a dor.
Vai ao longe ser
o eu que atrofiou
anjos vem trazer
fragmentos que abandonou
deixo o tempo nascer
rabisco o céu
transbordo cor.
Carpe diem
domingo, 23 de outubro de 2011
Injustiçada
Era grande a alegria
do novo que se abria
sem mais para quê
ao ponto de tentar
tudo estragar
caiu no engodo
de se entregar
seintiu-se traida
como assim não posso ver?
precisam de mim
quando falta você?
não, não, assim eu não aceito
eu participo por inteiro
sou máquina de sangue quente
suporto com os ombros
toneladas dos seus sonhos
tortos mal vividos
que eu agora
vou falar
cansei da dança ensaiada
dos risos com hora marcada
aquele café fraco que você me faz
há tempos não me satisfaz
deixei becos e esquinas
pó, naftalina
não me venha com reservas
a noite de ontem eu esperava por você
delirava acordada, mordia forte de tanta raiva
o veneno consegui sentir
era forte o fel
veias abertas jorravam
sangue sob meu tapete
minhas vísceras expostas ao teu olhar vazio
ando ao longe, escondo meu rosto de mim mesma
minhas vísceras continuam expostas
...
rajadas de ventos matinais me tiram do eixo
são os raios de sol, estão há acordar.
do novo que se abria
sem mais para quê
ao ponto de tentar
tudo estragar
caiu no engodo
de se entregar
seintiu-se traida
como assim não posso ver?
precisam de mim
quando falta você?
não, não, assim eu não aceito
eu participo por inteiro
sou máquina de sangue quente
suporto com os ombros
toneladas dos seus sonhos
tortos mal vividos
que eu agora
vou falar
cansei da dança ensaiada
dos risos com hora marcada
aquele café fraco que você me faz
há tempos não me satisfaz
deixei becos e esquinas
pó, naftalina
não me venha com reservas
a noite de ontem eu esperava por você
delirava acordada, mordia forte de tanta raiva
o veneno consegui sentir
era forte o fel
veias abertas jorravam
sangue sob meu tapete
minhas vísceras expostas ao teu olhar vazio
ando ao longe, escondo meu rosto de mim mesma
minhas vísceras continuam expostas
...
rajadas de ventos matinais me tiram do eixo
são os raios de sol, estão há acordar.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Ventos
Quando viu a si mesmo no espelho
assustado ficou, coisa esquisita é gente que acha que sabe
sabe que sabe
e acha
achou?
no horizonte os planos
tal qual castelos de cartas
não marcadas
o vento muda tudo de lugar.
assustado ficou, coisa esquisita é gente que acha que sabe
sabe que sabe
e acha
achou?
no horizonte os planos
tal qual castelos de cartas
não marcadas
o vento muda tudo de lugar.
Cria-Ativa
Quando as palavras surgem através de meus dedos
a mente esvazia,
tão solta...
rochas viram flores,
aromas de pedras frias
contando gotas,
crio amores
o medo
aperto...
desato o nó
no teu abraço
braços apertados
murmuro a saliva
da boca na boca
a minha na sua.
eu nua.
a mente esvazia,
tão solta...
rochas viram flores,
aromas de pedras frias
contando gotas,
crio amores
o medo
aperto...
desato o nó
no teu abraço
braços apertados
murmuro a saliva
da boca na boca
a minha na sua.
eu nua.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Pássaro sem asas
Quando há vi seus olhos falaram-me do vazio, pude ouvir seu silêncio que sussurrava canções não cantadas, o barulho que dela saía ecoou nos meus sentidos, eram gritos outrora sufocados, por instantes de eternidade soube o que deveria ser esquecido. Não falava palavras, era tato, com tanto ato. A retina refletida no espelho, suava o corte vermelho, suas mãos desenhavam ao ar, sonhos que também eram meus. Como era possível? Era somente! Minha mente sedenta por explicações, obrigou-se a apenas contemplar. Depois de horas marcadas, daquelas que não querem passar, revelou-me segredos, tais que me dilataram, tanto as unhas arranhar. As marcas de seu rosto, fundos traços, estradas por onde foi cemear, fumaça de cigarros, carreiras, tragos, becos e esquinas, ah! não posso deixar de falar da menina, seu rosto, seus traços, juventude no palco, tangos, boleros, homens e pés, noites de cabarés. Ilusões que tecem o drama, subterfúgios pra propaganda. Estrela de brilho fosco, já desceu ao poço, sem corda. Tiraram-lhe a inocência, augúrios anunciaram à redenção. Veio o pássaro sem asas repousar ao lado dela, ela já era sem alma.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
pés molhados
andava descalça pelos espinhos,
meus pés molhavam com o sangue quente
as rosas do meu jardim
exala o perfume da carne nua
rosas púrpuras, impregnadas de saudades suas
comecei a proteger minhas feridas
ando por entre espinhos
passos tristes, procurando risos.
domingo, 2 de outubro de 2011
Ferida
A navalha em minha mão
desfere um ato contra o coração
banhada no veneno do medo
dilacera o calor em gelo
impossível ter a levesa perene que tanto sonho
um macabro pesar
vem de longe me apossar
corro o risco ao encarar teu sorriso
parece-me puro tal qual delírio
invento enredos sonhos e pesadelos
algo me acontece de triste a alegre
não consigo a paciência
pra sorver a solidão
lento estágio
ando na contramão
sou bicho arredio que corre no escuro
procuro a pele que me faça arrepio
canso de valsa bossa serenata
vício intenso da paixão proibida
ferida aberta
sangue endorfina.
desfere um ato contra o coração
banhada no veneno do medo
dilacera o calor em gelo
impossível ter a levesa perene que tanto sonho
um macabro pesar
vem de longe me apossar
corro o risco ao encarar teu sorriso
parece-me puro tal qual delírio
invento enredos sonhos e pesadelos
algo me acontece de triste a alegre
não consigo a paciência
pra sorver a solidão
lento estágio
ando na contramão
sou bicho arredio que corre no escuro
procuro a pele que me faça arrepio
canso de valsa bossa serenata
vício intenso da paixão proibida
ferida aberta
sangue endorfina.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011
volta e meia
O relógio marcando 00:00, mística, rítmica
foi correndo entregar-se ao desconhecido
tão de repente voltou assustada, chorava...
o medo é algo que através dos pés subia
nuca pesada carrega sonhos mentais
infantis devaneios do coração solitário
encontro na esquina
beijou sua mão e foi sem voltar olhos ao passado
sentiu a pele cheia
olhou teus olhos
não mais procurou segredos,
mistérios hoje cansa
quer a dança da criança.
foi correndo entregar-se ao desconhecido
tão de repente voltou assustada, chorava...
o medo é algo que através dos pés subia
nuca pesada carrega sonhos mentais
infantis devaneios do coração solitário
encontro na esquina
beijou sua mão e foi sem voltar olhos ao passado
sentiu a pele cheia
olhou teus olhos
não mais procurou segredos,
mistérios hoje cansa
quer a dança da criança.
Arte de Ione Ramos de Oliveira -
A dançarina das cores
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
Ferve/ilha
Ferve/ilha a escrita da noite,
madruga aproxima-se
trazendo novos tons pra rima
sou sons, sou pura poesia
soul!
sintonizo o rascunho da letra outrora vazia
se faz agora cheia de tanta energia
subo muros
submundos
diversos cheiros, entre/meios
rabisco o céu com o dedo em riste
viajo descalça
entre galáxias
músicas e o nada
vou com o vento
tudo é agora
sem pressa devora!
madruga aproxima-se
trazendo novos tons pra rima
sou sons, sou pura poesia
soul!
sintonizo o rascunho da letra outrora vazia
se faz agora cheia de tanta energia
subo muros
submundos
diversos cheiros, entre/meios
rabisco o céu com o dedo em riste
viajo descalça
entre galáxias
músicas e o nada
vou com o vento
tudo é agora
sem pressa devora!
terça-feira, 13 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Sempre começando
Vou tateando no escuro
frio, úmido...
A luz é interna
chama de vela
solta na tempestade
As armadilhas
não cessam de serem construídas
teias tecem
sonhos acontecem
emaranhado de ilusões
acionam a erupção
do meu vulcão interior
outra vez derreti de calor
volto à vida com foco no amor
vou tateando no esccuro
sem esquecer que a luz é interna
As lágrimas que me banham
transformam dores
criam novos ângulos
pronta pro sorriso
vou agora cantando.
frio, úmido...
A luz é interna
chama de vela
solta na tempestade
As armadilhas
não cessam de serem construídas
teias tecem
sonhos acontecem
emaranhado de ilusões
acionam a erupção
do meu vulcão interior
outra vez derreti de calor
volto à vida com foco no amor
vou tateando no esccuro
sem esquecer que a luz é interna
As lágrimas que me banham
transformam dores
criam novos ângulos
pronta pro sorriso
vou agora cantando.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011
doce amargor da vida
Azedo é o sabor do dia
amarga é minha saliva
rola lágrima salgada
da pálpebra cansada...
Corta esse rosto quente
face pálida, complacente
diz que o que é teu
somente...
Tenciona teus músculos
agora relaxados
apaga esse sorriso
dentes serrados...
Hoje bebo o fel
sem alívio
vou sentir a dor
expelir veneno
agora a cura
entro no escuro
sem escudo
depois? depois virá outro dia
virá luz, doce e alegria
mas agora
é o que é.
amarga é minha saliva
rola lágrima salgada
da pálpebra cansada...
Corta esse rosto quente
face pálida, complacente
diz que o que é teu
somente...
Tenciona teus músculos
agora relaxados
apaga esse sorriso
dentes serrados...
Hoje bebo o fel
sem alívio
vou sentir a dor
expelir veneno
agora a cura
entro no escuro
sem escudo
depois? depois virá outro dia
virá luz, doce e alegria
mas agora
é o que é.
sábado, 27 de agosto de 2011
Enredo
Dramas de amor são os melhores, no revirar das entranhas se encontram os segredos, mistérios que nos detêm ou nos projetam. Faces de projeções, tempo que não há tempo... Na face oculta do amor, o medo se sobressai, paraliza a ação concreta, pulverizada por décadas, nesse estado alterado de espírito, décadas são dias... dias de eterno infinito, eufemismo. Caleidoscópio de emoções, é o drama da paixão, do vício, são casos raros de amor sufocado, entrega profana, os corpos, o trio. Rito diário, a espera que espera, intensos sentimentos brotam e sufocam, o ar está poluído... o medo polui.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Diferentes
Ela dormiu tarde, era quase dia. Lógico que pensava nele. Fantasiava como sempre um romance novelesco, mas ele é frio e ela vulcão. Um encontro da tempestade com o sólido chão. Tão estranho é o querer que os move, ela ama em demasia, também se recente, se entrega, tudo intensamente. Ele é ponderação, cautela, razão acima da emoção. Simples receita de contradição. Quando se amam, as diferenças se diluem, ele talvez seja tão ou mais intenso que ela. Porém, só naquele instante de entrega, plena! Ela é confusa, quer o rasgo da paixão, sentir-se única, quer a atenção que uma criança necessita, no fundo ela é uma eterna criança. Ele adulto responsável, sem tempo para brincadeiras, mimos fora de hora, aliás para ele tudo tem hora, agenda sempre à mão. Ela vai como vento, sempre se atrasa, mas também necessita mais que ninguém ser paciente, ter responsabilidade consciente, então se dobra, desdobra em mil afazeres. É independente, por mais árduo que seja seu dia a dia, ela sempre começa uma poesia. Ele não entende de poesia. Mas juntos com tudo diferente, não sei se incosciente, tentam amar livremente, sem posses, sem correntes. Sim! são ultra-diferentes, mas eles se querem, eles sentem...
domingo, 21 de agosto de 2011
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Cobras
Como as cobras que abandonam sua pele
para regenerar-se, eu também me arrisco
ao deixar para trás o passado...
Não sou outra, assim como as cobras também não são
O veneno continua sendo o remédio
antiofídico da alma.
Sei que antes acreditava na palavra
Sei que agora acredito no silêncio
Sei que depois questionarei tudo outra vez.
Aquela música me lembra você
Ainda cheiro o teu cheiro...
Pela praia vou contando ondas
no escuro só para pegar as estrelas...
no caminho de volta há perigo
necessário andar por entre as cobras.
para regenerar-se, eu também me arrisco
ao deixar para trás o passado...
Não sou outra, assim como as cobras também não são
O veneno continua sendo o remédio
antiofídico da alma.
Sei que antes acreditava na palavra
Sei que agora acredito no silêncio
Sei que depois questionarei tudo outra vez.
Aquela música me lembra você
Ainda cheiro o teu cheiro...
Pela praia vou contando ondas
no escuro só para pegar as estrelas...
no caminho de volta há perigo
necessário andar por entre as cobras.
sábado, 6 de agosto de 2011
Tempestade
A tempestade segue
o passo do poeta
entra nos becos
esconde segredos
a cada gole esquece
a rima conexa
da estrofe da vida
repetida de tão vazia
esfamiada
aflita
procura o guia
observando fantasmas
que se criam
na volta
projeções de família
deslocamento do eixo
a tempestade guia.
o passo do poeta
entra nos becos
esconde segredos
a cada gole esquece
a rima conexa
da estrofe da vida
repetida de tão vazia
esfamiada
aflita
procura o guia
observando fantasmas
que se criam
na volta
projeções de família
deslocamento do eixo
a tempestade guia.
Entre um sussurro
Sentada sobre a noite
vou tecendo o sonho
que me desperta
ainda sofro
a inconstância pelo urgente
os esquisitos eu abraço
conforto o peito
da angústia fingida
aquele que observa ao longe
e me fisga quando quer
tira meu sossego
injetando-me
a paixão
arapuca armada
complexa relação
fração de sentimento
desejos em erupção
busca à toa
um significado
na insatisfação
o sussurro no ouvido
arrepio
tesão.
vou tecendo o sonho
que me desperta
ainda sofro
a inconstância pelo urgente
os esquisitos eu abraço
conforto o peito
da angústia fingida
aquele que observa ao longe
e me fisga quando quer
tira meu sossego
injetando-me
a paixão
arapuca armada
complexa relação
fração de sentimento
desejos em erupção
busca à toa
um significado
na insatisfação
o sussurro no ouvido
arrepio
tesão.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Nós
O Humano encontra o Outro:
Divino / Profano
atração e repúdio em um só Ser...
Pergunta como não Ser?
Belezas da Vida
Prazeres da carne viva
Querer tanto
e não poder
Saber escolher
- Repousa teu peso no meu.
Divino / Profano
atração e repúdio em um só Ser...
Pergunta como não Ser?
Belezas da Vida
Prazeres da carne viva
Querer tanto
e não poder
Saber escolher
- Repousa teu peso no meu.

terça-feira, 2 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
O Homem
O Homem voltou
antes mesmo de ir.
Recuou no espaço
do vácuo
sem tempo de sumir.
O Tempo é que sumiu
dissoluto!
O Homem chama
por onde anda
ele sente
não sabe
a mente não mente
se seguir o que o coração sente...
Despertou com o sol
da noite anterior
viu o anzol
que o fisgou?
Palvaras travadas
garganta amarga
estômago revolto
de um nó no pescoço.
antes mesmo de ir.
Recuou no espaço
do vácuo
sem tempo de sumir.
O Tempo é que sumiu
dissoluto!
O Homem chama
por onde anda
ele sente
não sabe
a mente não mente
se seguir o que o coração sente...
Despertou com o sol
da noite anterior
viu o anzol
que o fisgou?
Palvaras travadas
garganta amarga
estômago revolto
de um nó no pescoço.
Quero!
Quero o amor
a dor, o calor...
Quero o amor
a alegria, a vida...
Quero o amor
a entrega, a espera...
Quero o amor
a paixão, a fusão...
Quero o amor
a amizade, a verdade...
Quero o amor
o intenso, o momento...
Quero o amor
o profano, o humano ...
Quero o amor
o desejo, o beijo...
Quero o amor
o divino, a flor.
a dor, o calor...
Quero o amor
a alegria, a vida...
Quero o amor
a entrega, a espera...
Quero o amor
a paixão, a fusão...
Quero o amor
a amizade, a verdade...
Quero o amor
o intenso, o momento...
Quero o amor
o profano, o humano ...
Quero o amor
o desejo, o beijo...
Quero o amor
o divino, a flor.
Carta do tarot Osho - Sexo
domingo, 31 de julho de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
A pedra encantada
A noite era esccura, sem lua, densa era a floresta. Caminhou entre folhas secas que se desfaziam sob seus pés, seguia a trilha que a levaria até a pedra encantada. Caminhou sem pensar, meditava com a noite... sentia cada microcosmo da natureza pulsar dentro de si, como um oceano infinito de emoções sem controle que necessitam sair... Expressar a beleza da alma era urgente, por dentro um coração aflito, vazio entupido de ilusões, a Dama Noturna continua sua caminhada... Os pensamentos começaram a surgir da mente meditativa, o vazio se expandia, das entranhas sentimentos reprimidos, doídos. Essa Dama sofria, e seu lamento era não saber o porque de tamanha melancolia, não conformava-se em apenas sentir, esforçava-se, porém, não se satisfazia, queria explicação, a+b = ?, só que o que ela não sabia é da sua alma divina, que abriga a feitiçeira, a maga, a menina, a mulher que sabe sem saber o porque sabe... Ela vai pela trilha, volta ao centro e novamente deixa os pensamentos... um insight... corujas enfileiradas surgem a sua frente, ela passa e a fila começa a acompanhá-la, algo mágico ocorre, nesse instante as corujas e ela são a mesma coisa, elementos da natureza. Ela parou com as dúvidas, ao menos nesse instante de uma única certeza. Mais passos, o destino se aproximava, uma curva em aclíve, mais fôlego e enfim o platô. Árvores majestosas, centenária sabedoria se abria, procurou a pedra encantada, não via, só haviam árvores, grandes, poderosas, se encostou sobre o tronco de uma rainha para descansar, acomodada, relaxada, esqueceu-se da pedra, tamanha era o poder que vivenciava. Ela na árvore, corujas circundando o espaço dela, olhar solto no horizonte e lá bem longe onde nem a vizão alcançava mirou uma pedra, era a pedra encantada.

sábado, 23 de julho de 2011
Cura
A fantasia de minha criança
como ferida me nutria
os anos passaram
ao passo que sobrevivi.
Agora enterro a fantasia
pros sonhos e o destino seguir.
Voarei para outros lugares
alcançarei novos olhares
comprometo-me com o amor
que regará minha flor
os espinhos virão e deles
tirarei a lição
no caminho meus guias
serão a luz e a escuridão
vou com eles para sanar meu coração.
como ferida me nutria
os anos passaram
ao passo que sobrevivi.
Agora enterro a fantasia
pros sonhos e o destino seguir.
Voarei para outros lugares
alcançarei novos olhares
comprometo-me com o amor
que regará minha flor
os espinhos virão e deles
tirarei a lição
no caminho meus guias
serão a luz e a escuridão
vou com eles para sanar meu coração.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Meio mulher meio menina
Seres esquisitos, imperfeitos e estranhos?
Semelhança dos opostos...
que contradição, já dizia Raul:
"Não quero mais andar na contramão"
O ser perfeito olha-se no espelho.
Adivinha quem vê? O ser imperfeito!
No mesmo peito bate um coração com mil vibrações,
ou será mil corações em uma só vibração?
De repente tudo está normal novamente...
Vendaval de pensamentos...
Pensa em casamento
pensa em movimento
pensa em divertimento
pensa em sofrimento
pensa em silêncio...
Fala o que pensa
Faz o que quer
Outra vez não sente
só para depois sentir mais intensamente
Dor/Alegria
Tristesa/Euforia
Paixão/Decepção
Definha e...
Das cinzas resurge
... mais viva
Meio mulher meio menina.
Semelhança dos opostos...
que contradição, já dizia Raul:
"Não quero mais andar na contramão"
O ser perfeito olha-se no espelho.
Adivinha quem vê? O ser imperfeito!
No mesmo peito bate um coração com mil vibrações,
ou será mil corações em uma só vibração?
De repente tudo está normal novamente...
Vendaval de pensamentos...
Pensa em casamento
pensa em movimento
pensa em divertimento
pensa em sofrimento
pensa em silêncio...
Fala o que pensa
Faz o que quer
Outra vez não sente
só para depois sentir mais intensamente
Dor/Alegria
Tristesa/Euforia
Paixão/Decepção
Definha e...
Das cinzas resurge
... mais viva
Meio mulher meio menina.
Queria voltar para o seio de minha mãe, como criança que chora. Percebi que estou só, longe de casa... solta no vento dos meus pensamentos. Sentei na janela, olhei através dela, revirei meu passado à procura do que não fui. Achei quem era... voltei para dentro dos meus devaneios e vi que ainda tenho que ser, antes do amanhecer... Sou ferida aberta, que procura na noite o antídoto da dor, transformando o veneno ácido em doce bálsamo. Corro em noites frias, caio num beco sem saída. Gargalhando vou embora. Agora vou, não há mais volta.
A jornada da jovem solitária
Entrando na floresta
tive que deixar
meu medo de fora
senti o vento forte
que por vezes me apavora
fiz a fogueira
junto da anciã
sentada sobre a pedra
ouvi atenta
suas estórias
que me levaram
ao obscuro pântano
úmido refúgio
lamaçal da lótus
sagrado esconderigo da luz
onde deusas noturnas
estavam a minha espera
cheguei quando tinha que chegar
nem cedo nem tarde
a verdade era
que era a minha vez
de estar lá
nua
entregue
pronta pra iniciar
cerrei os olhos
viajei com a sombra
na busca da fonte
da mais pura lama
aonde a noite
me espera
terça-feira, 19 de julho de 2011
Quem vem de longe
Quem vem de longe
vai conforme o tempo
sentindo por dentro
aquilo que não se sabe de fora
torna suave o veneno
que há na volta.
Quem vem de longe
mora conforme o vento
partindo de dentro
aquilo que se encontra fora
torna sereno o tormento
pensando na volta.
Quem vem de longe
chora conforme o firmamento
saindo de dentro
a procura do que está fora
torna seguro o alento
romanceando a volta.

O Mágico de Oz
vai conforme o tempo
sentindo por dentro
aquilo que não se sabe de fora
torna suave o veneno
que há na volta.
Quem vem de longe
mora conforme o vento
partindo de dentro
aquilo que se encontra fora
torna sereno o tormento
pensando na volta.
Quem vem de longe
chora conforme o firmamento
saindo de dentro
a procura do que está fora
torna seguro o alento
romanceando a volta.

O Mágico de Oz
quinta-feira, 14 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Simplicidade
Nada mais natural
que a vontade de ser
diferente,
ter um brilho especial
que encanta
comove e sente
a flor matinal
também é bela
no escuro da noite
ela é dia
madrugada
frio
calor
perfume de vida
que se espalha no amor!
que a vontade de ser
diferente,
ter um brilho especial
que encanta
comove e sente
a flor matinal
também é bela
no escuro da noite
ela é dia
madrugada
frio
calor
perfume de vida
que se espalha no amor!
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Arrogante feminina
Arrogante feminina
malícia escondida
indiferença
medo de menina
sensual vampira
escondida na noite
exposta
desprotegida
procura carinho
riso alegria
mas chora sozinha
seu diário
seu guia
segredos
por dentro
sinceros sentimentos
escondidos na turva cortina
de ser "alguém" na vida
sendo ou não
vive à frente
fingindo não sentir
a pressão
do presente
que corre
entre dedos, tetas
bucetas
não fala palavrão
é pura gratidão
falsa salvação
arrogância em ação
sem pena
submissão
toca-lhe o coração
o som daquela canção
esquecida
no porão
de um tempo
que se foi
foi bom
ou não
sendo que não voltará
e o futuro também não virá
resta o aqui
que só será
antes de se formular
difícil?
ninguém nunca disse que seria
fácil.
malícia escondida
indiferença
medo de menina
sensual vampira
escondida na noite
exposta
desprotegida
procura carinho
riso alegria
mas chora sozinha
seu diário
seu guia
segredos
por dentro
sinceros sentimentos
escondidos na turva cortina
de ser "alguém" na vida
sendo ou não
vive à frente
fingindo não sentir
a pressão
do presente
que corre
entre dedos, tetas
bucetas
não fala palavrão
é pura gratidão
falsa salvação
arrogância em ação
sem pena
submissão
toca-lhe o coração
o som daquela canção
esquecida
no porão
de um tempo
que se foi
foi bom
ou não
sendo que não voltará
e o futuro também não virá
resta o aqui
que só será
antes de se formular
difícil?
ninguém nunca disse que seria
fácil.

quarta-feira, 29 de junho de 2011
Ao desconhecido
Tuas palavras já não me afetam
no teu olhar compartilho vazio
sem me doar...
Teu desencanto não posso curar
nas tuas mãos, segurar
sem te salvar...
Teus vícios não me pertencem
no sorriso inspiração
sem sangue vão...
não serei teu alívio
nem rendição
amor é livre
libertação
sem sacrifício
sem salvação
Aceitação.

Arte de Cristina Ruiz
no teu olhar compartilho vazio
sem me doar...
Teu desencanto não posso curar
nas tuas mãos, segurar
sem te salvar...
Teus vícios não me pertencem
no sorriso inspiração
sem sangue vão...
não serei teu alívio
nem rendição
amor é livre
libertação
sem sacrifício
sem salvação
Aceitação.

Arte de Cristina Ruiz
terça-feira, 28 de junho de 2011
Mistério
Fantasmas me esperam pro jantar
velhos amigos de infância
que não me deixam só
inferno pessoal
num paraíso coletivo
medos e mentiras
edificam o castelo vazio
o voo outra vez é da mente
conecta, desconecta
careta, moral, estúpida
vício, silêncio, retiro
a fantasia de perfeição
persegue-me
o amor salva
o medo trava...
qual louca
na ventania
sentidos
sentimentos
fumaça na madrugada
cortina escura
escada abaixo
bebida na mão
santos no altar
rendidos, puros
estático
sem vida
gesso e tinta
arco-íris da meia noite
sombra que guia
castelos de areia
pó
ideologias.
Ondas marítimas,
espumam na areia,
o infinito não
explica...
aceite?

Jonas e a baleia - Catedral de Sousel Portugal
velhos amigos de infância
que não me deixam só
inferno pessoal
num paraíso coletivo
medos e mentiras
edificam o castelo vazio
o voo outra vez é da mente
conecta, desconecta
careta, moral, estúpida
vício, silêncio, retiro
a fantasia de perfeição
persegue-me
o amor salva
o medo trava...
qual louca
na ventania
sentidos
sentimentos
fumaça na madrugada
cortina escura
escada abaixo
bebida na mão
santos no altar
rendidos, puros
estático
sem vida
gesso e tinta
arco-íris da meia noite
sombra que guia
castelos de areia
pó
ideologias.
Ondas marítimas,
espumam na areia,
o infinito não
explica...
aceite?
Jonas e a baleia - Catedral de Sousel Portugal
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Delírio
Arranco do estômago
o frio que oprime
lançando às chamas
o verme que vive
estranho estado
de êxtase que sinto
revirada ao extremo
entre sombras
soluços e risos
olhos atentos
ao giro incerto
febre nervosa
que corta
o frio
arrepio
trânsito lento
de um tempo
em contratempo
razão submissa
solta ao vento.

Arte de Urs Kahler
o frio que oprime
lançando às chamas
o verme que vive
estranho estado
de êxtase que sinto
revirada ao extremo
entre sombras
soluços e risos
olhos atentos
ao giro incerto
febre nervosa
que corta
o frio
arrepio
trânsito lento
de um tempo
em contratempo
razão submissa
solta ao vento.
Arte de Urs Kahler
Assinar:
Postagens (Atom)
Veneno e cura
Eu furo a melancolia escondida de outros Deuses, os que ainda dançam e voltam ao espetáculo das Deusas. Vou saborear cada arrepio enco...

-
Já não faço mais poesia nem de noite ou dia límbicas madrugadas rítmicas anestesias Já bastava o que não via conhecia além do fim bem ...
-
Eu furo a melancolia escondida de outros Deuses, os que ainda dançam e voltam ao espetáculo das Deusas. Vou saborear cada arrepio enco...
-
Cada espaço que separa o tempo vai socorrendo o que há de mais sagrado por dentro dos dedos que correm soltos pelas teclas que não mais...