segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bom mesmo é viver com V!

Tem tempestade no peito
agora calmo
brisa suave
mas ainda é tempestade!

Sonhos em ventos
salgado aquele gosto
é o mar!

E elas
mães 
putas
donzelas

Gostoso é o vento
soprando de leve o rosto
o corpo todo.

O dia brilha
mas também é cinza
a noite é escura 
mas brilha de estrelas e lua.

Tempos que evaporam
tempos de sossego
a madrugada dos tempos
o sol nasce!

Espaços não ocupados
espaços super lotados
chuva e lama
e a moça na cama
esperando que ele venha...

É uma comédia essa colmeia
prazer são os dramas!
Uma gota de sangue na garganta
com os dentes cortando pulsos
e o coração em pulos!

Abre uma senda 
no meio da testa
muitos já falavam que estava escrito na testa!

E o umbigo que é o centro do mundo
e o nariz que é paisagem que descansa o olhar
é! como é bom esse blá blá blá!

Arte de Audrey Kawasaki













quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Prêmio

Um tanto assim de textos pra ler
outro tantão pra escrever
tanta palavra pra dizer
mesmo sem saber porque
verborragias todo dia
para a noite elucubrar
tanta cabeça
martelando
o prêmio que quer ganhar.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Deixar ir

A visão vai além de mim
sofrimentos inúteis
de um querer
que não mais quer
interesses diferentes
a cada instante
meu olho no teu
sendo que já não é
nunca foi
triste ilusão
mas algo prende a atenção
mistérios que a noite guarda
anjo da guarda
fortaleza
correnteza
saiu de dentro um suspiro
alívio
sabe que eu penso
que a luz brilha no escuro
certezas de dúvidas
falsos profetas
porque escrevo o que não presta
e o que presta
além do que há aqui
agora
agora é hora
de deixar ir.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Pimenta

De versos de amor
que rimam com dor
ora pra quê tanto horror?
dor e amor
tão previsível
que já cansou
mudo as rimas
amor agora é alegria
amora vermelha
pimenta ardida. 


A poeira um dia cansa
e somente pó fica.

Amor e ódio sem fim

A pintura se desfaz
entre um sorriso e um grito
os traços que eram perfeitos
humanos
apenas
algo no hálito quente
entorpece
endurece
molha
a pele
o vidro está quebrado
os cacos
ferem as mãos
sangra sangue vão
por pelos
poros
os olhos
a pupila dilatada
o fogo na garganta
ânsia
maldita música de amor
embalo falso do compasso 
do passista
musa dionisíaca 
Afrodite de quinta
a quinta
quina na testa
cega
lúcida 
renúncia
a carne pulsa
veneno contra o tempo
os ratos 
os becos
os bêbados
tanta liberdade
por pouca compaixão
ainda há coração
no cérebro falta emoção
plásticos 
rostos
quadrados
o outro lado
do mesmo disco
escuto e repito
por fora 
por dentro
no meio 
o medo
anseio
aperto
as asas
abertas ao voo
tanta tolice
não sai do chão
voar é leve 
cimento
cinza
arrastam vidas
fantoches em piscinas
peixe no aquário
pássaro em gaiola
por dentro uma força
que quebra todas as portas
sem disfarce
sem regras
entrega
a fera é liberta
adentra a floresta
lama
lodo
a pureza
dos dias de sol
encontra
o mistério noturno
todo dia é assim
somos assim
um misto
de amor e ódio sem fim.


 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Falta pão na ilusão


Outros capítulos foram escritos
aqueles velhos tratados
merecem enfim
serem amados por traças
deixem as larvas!

O poder do papel
que não há mais lastro
mentira dividida
dívida
vivida

não se entende nada de economia
tão pouco de poesia.



Veneno e cura

Eu furo a melancolia escondida de outros Deuses, os que ainda dançam e voltam ao espetáculo das Deusas. Vou saborear cada arrepio enco...