domingo, 6 de novembro de 2011

Choram as mães

Deixava a velha casa empoeirada
as teias das aranhas agora solitárias
abafa o mofo ao calor do sol
risos, palhaços...

Meia volta ao olhar para trás
solto a sua mão para poder voar
invento um coração para amar
tão longe foi no rastro do poeta.

O menino e a bola
viola que chora noite de estrela
andei sem bússola
ardida é a pimenta que em mim habita!

Choram as mães, todas
vozes apagadas pelo seu medo
ecoam no vazio íntimo
as borboletas gostam de dançar.

2 comentários:

  1. Que lindo, parece uma pintura desmanchando entre telas e telas.
    Um tanto triste......e visceral...

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  2. pintando em letras quem não pinta em tintas, hehehe! valeu Chico!

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