
segunda-feira, 25 de julho de 2011
A pedra encantada
A noite era esccura, sem lua, densa era a floresta. Caminhou entre folhas secas que se desfaziam sob seus pés, seguia a trilha que a levaria até a pedra encantada. Caminhou sem pensar, meditava com a noite... sentia cada microcosmo da natureza pulsar dentro de si, como um oceano infinito de emoções sem controle que necessitam sair... Expressar a beleza da alma era urgente, por dentro um coração aflito, vazio entupido de ilusões, a Dama Noturna continua sua caminhada... Os pensamentos começaram a surgir da mente meditativa, o vazio se expandia, das entranhas sentimentos reprimidos, doídos. Essa Dama sofria, e seu lamento era não saber o porque de tamanha melancolia, não conformava-se em apenas sentir, esforçava-se, porém, não se satisfazia, queria explicação, a+b = ?, só que o que ela não sabia é da sua alma divina, que abriga a feitiçeira, a maga, a menina, a mulher que sabe sem saber o porque sabe... Ela vai pela trilha, volta ao centro e novamente deixa os pensamentos... um insight... corujas enfileiradas surgem a sua frente, ela passa e a fila começa a acompanhá-la, algo mágico ocorre, nesse instante as corujas e ela são a mesma coisa, elementos da natureza. Ela parou com as dúvidas, ao menos nesse instante de uma única certeza. Mais passos, o destino se aproximava, uma curva em aclíve, mais fôlego e enfim o platô. Árvores majestosas, centenária sabedoria se abria, procurou a pedra encantada, não via, só haviam árvores, grandes, poderosas, se encostou sobre o tronco de uma rainha para descansar, acomodada, relaxada, esqueceu-se da pedra, tamanha era o poder que vivenciava. Ela na árvore, corujas circundando o espaço dela, olhar solto no horizonte e lá bem longe onde nem a vizão alcançava mirou uma pedra, era a pedra encantada.

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