quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vai!

Vai ao longe ver
o que não se alcança
cigana lê minhas linhas
emaranhadas nos teus nós
ventos vem varrer
a casa que mora só.

Vai ao longe ouvir
sons que já não ecoam
deusa vem há mim
cantar para minha dança
salto o rio sem fim
flor da esperança.

Vai ao longe sentir
os dedos que abandonou
demônios vão dormir
tato com ato, amor
desço o abismo
arranco a dor.

Vai ao longe ser
o eu que atrofiou
anjos vem trazer
fragmentos que abandonou
deixo o tempo nascer
rabisco o céu
transbordo cor.

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