sábado, 10 de dezembro de 2011

Lótus

O gosto doce do seu veneno
não me engana mais
mel que esconde fel
rima cruel

Passo madrugadas em claro
procurando entender
por que sinto você
não sei dizer

Sei que o que aconteceu ontem
feriu teu orgulho
o ego ainda vive
não o esconda
aceite

A pureza que eu sonho
não faz par com tua hipocrisia
santos e demônios
dançam a mesma sinfonia
chora a viola agora solitária

Dança sozinha abandonada
do nada
também deliro
atiço teu grito

Amor qual a tua face
tem sabor teu sorriso
releva a estupidez humana
tão pequena
com mania de grandeza

O verme habita
a barata vive

A lótus nasce na lama

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Veneno e cura

Eu furo a melancolia escondida de outros Deuses, os que ainda dançam e voltam ao espetáculo das Deusas. Vou saborear cada arrepio enco...