domingo, 21 de outubro de 2012

São os dias que nos fazem, repetem, divergem...

Atritos, entre risos e os conflitos
outras tantas mudanças
renovam o conhecido
olho para você outra vez
saindo para os lados
de dentro do corpo
ouço os ruídos
outrora escondidos
reverbera na pele outras peles
esqueci de dizer o seu nome
acho que me esqueci de quem era
ainda era o mesmo do ano passado
dos anos passados
alguns enterrados
na memória dos meus dias
voltando a cabeça para frente
sente toda gente
quanto calor aqui no sul do Brasil
outro nordeste morando lá atrás
soletra teu íntimo devagar
olha hoje ao espelho
vê estrelas?
morava numa confusão
comunhão do caos
com ecos ao vento
sempre vem o vento
leva para longe
trás de volta para perto
sacode toda dor
suava, a mão suava
segura, tão segura
porque colocas palavras
desconectas no lábio que beija?
tem outros interesses
outras pessoas
outras virão
o mar de tão intenso acalma
é tanto infinito
é tanto amor
limite de humana
transborda de dentro para fora
sua cara tão séria
alterada, nervosa
me digas uma estória de outra civilização
ouvidos são tão calados
surdos às vezes de si mesmos, até por dentro
sai da garganta o grito do nó que estava amarrando o peito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Veneno e cura

Eu furo a melancolia escondida de outros Deuses, os que ainda dançam e voltam ao espetáculo das Deusas. Vou saborear cada arrepio enco...