quinta-feira, 4 de outubro de 2012

bailAR


meus pés são dança, de água, deságua no chão
a água no canto do olho
a água no meio das pernas
a água sai da boca
a água de dentro molha
o pé aqui o outro ali
troca e renova
rebola
pulos, pupila
do olho, no olho
do outro o braço
no abraço que roda
a dança de dois
de mais de mil
ao som das notas
melodia
que denota, o teu no meu
o som do nada
aquele interno
sem escala métrica
rima conecta
solta no solo
o corpo de vida
deixa que o ar 
te leve a bailAR.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Veneno e cura

Eu furo a melancolia escondida de outros Deuses, os que ainda dançam e voltam ao espetáculo das Deusas. Vou saborear cada arrepio enco...